Exame de Consciência
(Crônica Polifônica com o poema "Apostila")
Em um dia chuvoso, numa escola no interior de São Paulo, escuto Fabiano, um garoto muito teimoso de 14 anos, discutindo com seus colegas argumentando que saía escondido a noite, dirigia o carro dos pais sem eles saberem, bebia e fumava envolvendo-se até em brigas quando sobre posse das drogas.
Inquieto, me dirigo ao grupo de alunos para esclarecer a situação.
_ Mais que história é essa garoto?- Pergunto.
_ Nada não, querido professor.- Responde com uma maior friesa.
_ Então o por que desta conversa?
_ Anda espiando a gente, né professor. Mas não é nada não. Só estou contando algumas histórias que ouvi por aí.
_ Pelo visto é a seu respeito. Não?
_ Que isso, professor.
Pertubado, quase ao extremo da minha irritação, dou-lhe um sermão:
_ Ao invez de aproveitar seu tempo com coisa produtivas, como estudar, por exemplo, disperdisa-o com bebibas, cigarros e mentiras feitas a seus pais. Você sabe que seria uma grande decepção para eles. Quer dizer, é uma decepção! Aliás, devo ter uma pequena conversa com eles na sua presença.
_ Não professor. Se eles souberem disso, eu estou...
_ Seu coração está cansado como o de um mendigo. Precisa pensar mais em seus atos. Devo conversar com seus pais a respeito desse assunto, acredito que seja para seu próprio bem.
_ Devo fazer um exame de consciência?
_ Pergunte para si próprio.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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