( Graciliano Ramos e Camilla Farias )
Fábiano, sinhá vitória e os meninos iam á festade natal na cidade. Eram três horas, fazia grande calor, redemoinhos espalhavam por cima das árvores amarelas nuvens de poeira e folha seca. Eles ainda teriam que andar muito para chegar a cidades. Os meninos e Fabiano estreavam calças e paletós, já Sinhá Vitória estava de salto e vestido florido. Ao chegar a cidade, ambos estranharam o barulho e o movimento. Aquilo tudo era uma grande novidade, na fazenda eles viviam izolados do mundo.
Os dois meninos espiavam os lampiões adivinhavam casos extraordinários. Não sentiam curiosidade, sentiam medo, e por isso pisavam devagar, receando chamar a atenção das pessoas. Supunham que existiam mundos diferentes da fazenda, mundos maravilhosos na serra azulada. Aquilo, porém, era esquisito. Como podia haver tantas casas e tanta gente? Com certeza, os homens iriam brigar. Seria que o povo ali era brabo e não consentia que eles andassem entre as barracas? Estavam acostumados a agüentar cascudos e puxões de orelhas. Sinhá Vitória como estava muito cansada da viagem sentou em um banco na praça, Fabiano como viu que sua esposa etava muito cansada, resolveu levar as crianças para procurar baleia a pedidos de Sinhá Vitória. Ali sentada percebeu que tinha um homen olhando discretamente para ela. Homen de boa aparência e se vestia com bons trajes. Naquele momento Sinhá Vitória começou a se sentir como as mulheres da cidade, bonitas e elegantes, e imaginar como seria a sua vida ao lado daquele homen. Por um minuto Sinhá Vitória viveu momentos de felicidades e sonhos, mas logo tudo acabou, Fabiano estava chegando com as crianças.
De repente, Baleia apareceu. Trepou-se na calça, mergulhou entre as saias das mulheres, passou por cima de Fabiano e chegou-se aos amigos, manifestando com a língua e com o rabo um vivo contentamento. O menino mais velho agarrou-a. Estava segura. Tentaram explicar-lhe que tinham tido susto enorme por causa dela, mas Baleia não ligou importância á explicação.
Naquele momento Sinhá Vitória voltou a sua triste realidade, quando ouviu Fabiano gritando e ameaçando as crianças. Ela levantou-se puxando as crianças pelo braço e levando-as para o centro da praça para olharem as barracas de doces, enquanto Fabiano bebia cachaça no buteco. Esperaram amanhecer e seguiram viagem para a fazenda.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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